sudden death

Aqui na Inglaterra, o esquema de mestrado é, como gosto CARINHOSAMENTE, de chamar, sudden death (morte súbita), porque a gente faz uma só prova no final do curso, ou seja, vale tudo! Ai depois entrega a dissertação.

Nos EUA e outros países, o esquema é diferente. Cada período tem prova. Aula, aula, estudo, estudo, prova. O que, lindamente, elimina as matérias, a cada prova. Aqui não. Aqui o povo gosta de deixar os estudantes de cabelo em pé!

Por exemplo, vc caminha pelo campus da LSE e tá todo mundo num desesperoooo... Tipo, mil estratégias de estudo, mil grupos de estudos, muito muito muito café rolando! Se Van Damme conseguiu, a gente pode sobreviver também!!!!!!

aniverrrrrrrr

A velhice tá me perseguindooo! O mundo dá voltas né, e por isso mesmo, TODO ANO, eu faço aniversário (tristeeeeza!) :)

Esse ano o aniversário foi em Londres (coisa chic), mas no meio da época de prova (coisa desesperadora)! Em carinho a todos os meus coleguinhas de mestrado, resolvi, junto com Renatinha, minha flatmate, fazer uma comemoraçãozinha pra fazer o povo esquecer um pouco de disctincion, merit ou pass nesses exames.

Marcamos num bar sueco (eu acho, viu) perto aqui de casa: Kosmopol. 100 convivas, e vamos que vamos!(pre-festa, jantar no Sushinho, em Chelsea, muuuuuito gostoso, sushi abrasileirado - tá em Londres e com saudades do hot filadelfia? Vai lá que tem!!!)

(flatmates Renata e Lu, e Manuu)

(hora de cortar o bolo! Foi surpresa - povo foooofo! O bolo não aparece, porque o fotografo turco não ter sacou o motivo da foto haha)
(LSE People)

Fora o DJ ser o inimigo, a festa foi ótima, presença de pessoas queridas que deixaram de estudar (hohoh) para celebrar com a gente! E os presentes? Nossa, ganhei uns presentes animais! Curvex Shu Uemura, Batom Lady Gaga M.A.C., gift card da M.A.C., kits da L'Occitane, Body Shop, floooooores, roupa! Gente, não precisava meeeeeesmo, todo mundo é estudante, né? Orçamento CURTISSIMO, mas foram queridos em comprar coisas BEEEEEEM legais!

Amei meu aniversário! Muito, muito muito! <3>

Chelsea campioni...

...e a minha rua vira o uó. Sabíamos que teria alguma coisa aqui pelo bairro de Chelsea, mas não o que era. Como o Chelsea é campeão duplo (copa da Inglaterra e campeonato inglês, se não me engano haha), então fecharam as ruas, tiraram os carros e o jogadores desfilaram com carro aberto, passando pela minha humilde rua... muito legal para quem precisa estudar, já que sair de casa não seria possível, néam?

(barreiras de proteção, policiais e a multidão vindo)

(tái o time campeão, passando do lado da minha janela, com o John Terry - a.k.a aquele que traiu com a mulher do amigo e colega de seleção inglesa e Chelsea. - ai na frente)

(olha a taça ai no fundo do busão)

(olha a galere passando... policiais na frente, e o povão atrás).

É, apesar do povo aqui ser maluco por futebol (oi, terra dos hoolligans), achei o povo bem desanimado. Pelo menos eu consegui ter paz!

Michael Bublé - meu presente de aniversário!

HAHA, não, eu não comprei o Michael Bublé ;), eu só fui no show dele aqui ontem em Londres! Desde dezembro do ano passado, descobri que os ingressos estavam esgotadíssimos e que para ir, tinha que comprar em site de revenda. Ao me deparar com os precinhos LEEENDOS nos sites, desisti de ir no show, ainda mais considerando as épocas de prova!

Mas nem tudo estava perdido!!! Uma amiga avisou há uma semana que tinha ingressos sobrando, pela módica quantia de 60 dinheiros ingleses (grande diferença, para quem ia pagar mais que 100 libras para ver o show de binóculo!). Muita alegria!

O O2 é um negócio gigantesco, na saída da estação de North Greenwich (Jubilee line), cheia de restaurantes (Gaucho, Rodízio Rico, Nando's, Wassabi, Garfunkel's, Starbucks, etc), cinema, baladinhas. Mas não fomos para lá para isso!

Achei tudo organizado. Primeiro, passamos pela segurança, que revista as bolsas, depois tiram as tampas das bebidas (?!). Antes de entrar na arena do show, um funcionário já dá instruções de como chegar no seu lugar. Tudo bem, sentamos lá no céu, longe do palco, maasss nada que um telão não ajude!

A participação especial foi de um grupo chamado Naturally 7, que canta e que faz os barulhos de todos os instrumentos com a voz também. Muito legal, muito bonito, mas a gente veio aqui pra ver o Michael!

O show começou por volta das 21. Mesmo sentando no céu, a acústica foi muito boa, e parecia que o Michael tava cantando do nosso lado (bonito o otimismo, eu sei...).

Ele entrou cantando Cry me a river, com sua orquestra maravilhosa. Depois já engatou uma conversa animada com público. Mesmas piadas que faz em todo show (dos homens que acompanham as mulheres acharem que ele é gay, e que ali é uma festa e não um show, colocando todo mundo para dançar), com uma nova informação: de que estava noivo e que a moça era argentina e BRAVA, para o horror das 10 mil mulheres no show. Ele ri, e fala que quando ele avisar que será pai, vão gritar: mate-o, é o anticristo! A platéia vai abaixo, e pronto, todo mundo já está na dele!

Volta a cantar: At this moment, All of me, Mack the knife, Everything, Heartbreak tonight, Crazy love, I've got the world on a string, For once in my life, You don't know me (não lembro a ordem haha). Pausa, e vai para o meio do estádio, cantar em cima da ilha de som (acho que se tivesse feito isso no Brasil, ele tava sem orelha, sem roupa, todo arranhado, mas aqui o povo se conteve), falando que apesar de que o povo pagou fortunas pra sentar na frente, ele já ia voltar pro palco! Ai fala que está muito feliz de voltar à Londres, porque aqui foi onde começou o sucesso dele, pede para acenderem as luzes porque ele quer ver todo mundo e engata cantando Home. Todo mundo acompanhou cantando, e ele no final mudou um pouco a letra, falando “It'll all be alright, 'cause I'm in London tonight...” e o povo quase morreu!


Depois, saiu da ilha (escoltado, craro) e voltou para o palco cantando Save the Last dance for me. Depois, canta e dança (!!!) Billie Jean, do Michael Jackson, Twist and Shout dos Beatles, levando todos ao delírio.

A essa altura, quando começa a cantar Haven't met you yet, todo mundo já está de pé dançando. Canta mais Feeling Good, e ai sai do palco, dando a entender que acabou. Mas não!!!

Volta cantando mais umas duas músicas (só lembro da última, a Song for you), e no final da segunda, enquanto palco tem suas luzes apagadas e cortina fechada, um trompetista surge no meio da plateia. Ai ele aparece de novo, na frente da cortina, sem ponto e sem microfone e canta o refrão final da música a Song for you, com toda a força dos seus pulmões e cordas vocais. A potência da voz dele ecoando no estádio imóvel e calado fechou o show com chave de ouro. Não lembro de nunca ter visto um povo bater tanta palma (inclusive eu) na vida.

Valeu cada centavo de dinheiro, definitivamente, um dos melhores presentes de aniversário que eu me dei! :))))

(a gente tava no céu hahah)

Mais um restaurante do coração

Bem, eu já tenho uma listinha de restaurantes aqui em Londres favoritos. O famoso Busaba – comida thai, o Barrafina, de tapas, o italiano L'anima, o thai Patara e o marroquino Momo encabeçam a lista! Agora, entrou mais um, para disputar o meu coração: o noodle bar vietnamita perto da minha casa! Explico:

Eu tinha ido numa despedida de um amigo em Camden, num vietnamita super tradiça e maravilhoso. A dona fez até uma asinha de frango recheada com legumes e macarrão de arroz que nem estava no menu, só para agradar o dono da despedida. Tem uma pho bo (sopa de carne) que é levanta-defunto. Sensacional!

Acabei não conseguindo levar nem minha mãe, nem meu pai, porque Camden, convenhamos, não é perto. Demora, tem que pegar Nothern line, um trabalhooo! Ai, no último dia que meu pai tava aqui, eu tava tentando achar um restaurante para almoçar rápido e me deparei com esse noodle bar o Phât Phúc. Ele fica perto Chelsea Old Town Hall, numa espécie de jardim, com mesinhas.

Ontem, com aquele dia lindo, tava sonhando com a pho bo deles! O dim sum de camarão (aquele bolinho que vem no vapor com um recheio) é delícia. Maravilhoso e perto, great combo!!

(olha como parece um trailer!)

Aniver chegando...

... e eu descobri que to rica de pontos da Boots (eeeee). Em época de provas, estudos intermináveis, poucas horas de sono, eu vou indulge myself!!! Segue a humilde listinha:

Batom Chanel Rouge Coco - na cor Cambon, Paris ou Mademoiselle (muita dúvida, são todas liiiindas). As cores testadas na pele estão no site da Karla Sugar.

(A Vanessa Paradis está usando na foto a cor Mademoiselle!)

Mascara YSL Radical Noir -porque nunca rímel é demais e esse tem uma embalagem rica!

Blush Estee Lauder Bronze Goddess Exotic - porque dá um arzinho de saúde para que precisa (oi, ficar o dia inteiro dentro da biblioteca estudando não tem nada de saúde!) e a "estampinha" do blush é maravilhosa demais!
Agora eu quero ficar velha LOGO!

Correriiiiaaaaaaa

Caracoles, a vida tá ANIMADA (not)...

Papis já voltou para o Brasil (sábado passado, uén), e agora eu passo os meus dias longos o dia inteiro na faculdade, até a hora de fechar e depois venho pra casa, para o segundo round de estudo. Dureza...

As únicas novidades foram/são:

- muito "pra-frentemente" vi que a Mariah, do Blog da Mariah, estaria em Londres e ia fazer um encontro com leitoras! Mesmo ferrada com os estudos, achei que seria bem legal encontrar gente que mora aqui e mandei um email pra Mariah, me convidando haha. Foi no Cocoon e a Dri, do Drieverywhere, postou fotos e tudo mais! Foi muiiiiiiiito legal e todas foram bem fofas!

- vou no show do Michael Bublé! Gente, sério, nem to acreditando. O show tava sold out desde outubro, e ai uma amiga tinha dois ingressos sobrando e eu vouuuuuuuuuu! Tudo bem que é no upper tier e meio longe do palco, mas eu acho que no O2 não vai ser tão ruim assim. Deve ter telão também né? Depois posto fotos!

- semana que vem é o meu aniversário, junto com o da Renatinha. Vamos fazer uma só comemoração para o povo do LLM. Acho que vai ser animado e tals, o povo tá super feliz com a nossa iniciativa de tirar o estudo da cabeça por 4 horas, mas to com um pouco de preguiça. Ainda bem que o lugar escolhido é do lado da minha casa... Velhice chegando, eta lê lê...

Exams

O resto de pessoa que vos fala está já em época de prova. Tudo bem, faltam SÓ 27 dias, mas o desespero já chegou há algum tempo. Farei quatro exams, diante da ótima jogada de mestre (não foi minha idéia mas do student advisor - depois explico*), entre começo de junho e meio.

Estudar, todo mundo já teve o PRAZER de estudar no modo convencional. Aqui a conversa é muito, mas muito diferente. E só entendi isso tão claramente quando fui pras aulas de revisão. A galere quer que você não só responda a questão, mas traga algo NOVO.

Vou desenhar, porque acho que facilita até pra mim. Em 1 hora, tem que responder a uma questão e ai colocar sua opinião devidamente fundamentada. Não adianta falar que a lei funciona ou não e sua posição, se você não traz algo realmente novo. Eu sei que é complicado já fazer algo em inglês jurídico, quem dirá explicar tudo de forma clara, direta e ainda inovar. Pois esse é o nosso desafio aqui, afinal, quem quer moleza, que sentasse no pudim, não é mesmo?!

Eles dizem que o método descritivo aqui (como comumente no Brasil se aplica), não faz muita cosquinha, não. Tem que ser crítico e dar sua opinião, baseado no que você estudou e no seu background.

Então, é isso, bring it on!

* sobre a escolha das matérias, foi assim. Na Lse, vc precisa escolher 4 full-units, ou a combinação de full e half que no total, seja considerado como 4 full-units. Eu escolhi 2 full e 4 halfs. Se minha dissertation fosse conectada a uma full, eu não faria prova dessa matéria, mas faria 5 provas. Considerando que eu conectei numa half, eu tenho o direito de escolher uma outra half para não fazer prova, como se eu juntasse as 2 halfs e tivesse uma full conectada à dissertation. Niceee, huh? Foi o advisor que falou que seria melhor assim...

Vou de taxiiiiii....

Ignorando o momento Angélica na sua fase trash, e ainda no clima black cab da semana (com papis aqui, eu aproveitei e sai da vida de estudante de pegar busão haha), vou falar dos carrinhos pretinhos tão tradicionais!

Todo mundo adora os black cabs, apesar do precinho ser ZERO camarada. E olha que quem já morou em SP já deveria estar acostumado que o taximetro dos black cabs serem super adeptos da máxima “the sky is the limit”.

O modus operandi dos taxis aqui é um pouco diferente do que acontece no Brasil. Quando você para (acho um absurdo que não tem mais acento nesse verbo!) um taxi no Brasil (Rio, SP, etc), você normalmente entra no taxi e avisa para onde vai. Aqui não, a etiqueta (hahaha) manda que você não entre no black cab antes de perguntar se ele pode te levar aonde você quer ir. Muitas vezes, eles falam que não querem/podem levar você para onde você quer. Mais racional, digamos!

Normalmente as pessoas dão uma gorjetinha além do preço AMIGO. Dentro, cabem fácil 5 pessoas, mas não sei se eles aceitam mais que 5 (acho que não, mas como eu ando MUITISSIMO de taxi, vou ficar devendo essa informação).

As bandeiradas são também diferentes. No Brasil, são 2 (que eu me lembre). Quase caí para trás quando descobri que eles tem 3 bandeiradas (entenderam porque o céu é o limite mesmo, gente?!).

Quem vem à Londres, tem que passear por um desses... mesmo que seja numa corrida pequena , para evitar o rombo no bolso! :)

(sh)it happens...

Apesar do sumiço (ótimo motivo, papis is in town), tive que postar isso hoje, porque fiquei bem surpresa (no bom sentido, e não taken aback) como as coisas funcionam nessa cidade.

Hoje, meu pai perdeu a bolsa com tudo (passaportes, camera, dinheiro, etc), no black cab (esses que vc pega no meio da rua). Ele chegou na minha casa às 10 e depois de tirar as malas do taxi, a bolsa acabou ficando...Alegria na Bahia, não é?

O que fazer quando é um taxi que você pega na rua? Começei ligando pro Hotel, e já deixei avisado sobre a bolsa. Desci, parei um outro black cab e perguntei o que eu deveria fazer. O senhor, gentilíssimo, me disse que eu deveria ligar pro Lost and Found dos Black Cabs. Liguei para a central mas só funciona de segunda à sexta). Nisso, parei um carro da polícia, e eles me informaram que eu deveria ligar pra Police Station de Chelsea. Liguei, deixei meu nome e telefone, mas o atendente me deixou mais calma, avisando que o taxista provavelmente entregaria a bolsa e tudo mais, porque eles tem uma recompensa.

Depois, me ligaram do hotel, que o taxista deixou tudo numa Police Station perto da minha casa, e era para ir lá buscar. No telefone, o policial já tinha me falado sobre a recompensa, que deveria ser dada, e tal...Confesso que fiquei pensando que era um absurdo ter que pagar para as pessoas serem honestas, já me senti de novo no Brasil, mas falei pro policial que estava indo buscar as coisas.

Chegando lá, o policial super simpatico (nada contra a classe, mas eu já tive péssimas experiências com policiais no Brasil, quando eles deveriam ajudar, e o que fizeram foi atrapalhar e dificultar a vida de quem foi vítima) foi buscar as coisas e nem pediu que eu as descrevesse. Só entregou. Ai explicou de novo a história da recompensa. Falou que o taxista receberia a recompensa que eu estipularia, proporcionalmente relacionada aos valores das coisas que foram devolvidas... Meu pai já falou em dar 50 libras e pediu para eu confirmar com o policial se era suficiente ou se deveriamos pagar mais... Para a minha surpresa, ele disse que era muito e que 20 libras era mais que suficiente.

Honestamente, eu pagaria 100 libras, porque perto da dor de cabeça de refazer passaportes, máquina fotográfica profissional, todos os documentos, cartão de crédito, a quantia era ridícula, mas obviamente, eu fiquei pensando honestidade também não é mérito de ninguém, deveria fazer parte do caráter de todos, né?!). Enfim, depois que o policial me explicou eu acho que concordo com o sistema. Pelo menos, as pessoas são forçadas de alguma forma a devolver as coisas...

Quem disse que em Londres não se tem aventura, né?